Dança do Fogo

Poeta dê grande sensibilidade e cultura, Silvia Jacintho, desde seu livro de estréia, Lavoura de infinito, faz sua palavra poética dialogar com o lastro cultural herdado. Sintonizada com as forças da pós-modernidade, sua poesia se faz ponto de convergência do arcaico e do moderno e também paixão ou ânsia de se sentir em plenitude. Essa sede de completude existencial se sacia em Helênica, poesia que volta ao arcaico inaugural e reinventa as raízes helênicas, que alimentam a nossa civilização cristã. Dessas raízes, escolhe a vibração erótica, ou melhor, escolhe a mulher como oferenda aos deuses, mulher mítica, princípio e eternidade, sacerdotisa, amante e mãe.